quinta-feira, 24 de novembro de 2016




Vida! Um beco sem saída.



Caminhando pelos becos sujos das ruas da cidade,
Onde a maldade tem o seu lugar.
A mentira e a verdade ninguém pode diferenciar.
Seres andróginos vendem amor.
O tipo de amor que não se pode explicar.

Boate, bar drinks e cafés, encontro de solitários,
Encontros de perversos.
Onde homens não são homens, nem mulher são mulheres,
Troca de valores absurdos.
Gritos mudos, só escutam quem é surdo,
Entende com os olhos quem quiser, quem quiser.

Uma pintura, uma pichação em nanquim.
Obra de um artista de Pequim, Talvez de Seul ou Ho Chi Min.
Imagem de uma criança nos braços de outra criança. Mãe!
Um bebe de traços orientais,
Sendo oferecido ao demais, é demais!

Uma imagem de alerta, que talvez a cidade,
Queira reparar a vida incerta;
Dos estupros, prostituições, devassidões da noite,
Noites dos ladrões, cafetões e prostitutas.
A marcha das incertezas e suas lutas.
Noites dos solitários de vidas vazias.
Que trocam viver a noite e se deixam morrer para o dia.

Do meu apartamento no meio da cidade eu vejo o mundo
E suas irregularidades.
Respiro a fumaça dos carros e das drogas inaladas.
Vejo vidas perdidas na sarjeta,
Olhando pela vidraça também vejo a minha vida estagnada.
Parado  por cima dos becos sujos da cidade.
Vejo que há vidas que não valem nada.

                                                                    Francisco Gouveia


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