quinta-feira, 29 de março de 2018





RODA A RODA MAQUINISTA


Roda, roda de ferro,
Em cima dos trilhos,
Que eu quero ouvir os berros; que já vem! Que já vém! Que já vem!
Quantas rodas tem o trem, deu um lado, de outro e
No vai e no seu vem?

Quero ter a certeza, porque vou visitar o meu bem.
Quero chegar na hora certa, na cidade de Belém.
Parto agora do Bom Jesus de Pirapora,
Passo por Araraquara, Ribeirão Preto, Vinhedo e Boituva, Como uns figos e chupo umas uvas, depois passo na Praça da Sé,
Só para ver como São Paulo é.

Embarco na Luz no mesmo trem, no mesmo vai e vém.
Me afundo em Minas Gerais
Passo por Carangola, Itajubá e Janaúba.
Como umas carambolas e durmo na casa da viúva.

Roda, roda de ferro,
Em cima dos trilhos,
 Eu quero ouvir os berros; Que já vem! Que já vêm! Que já vem!
Quantas rodas tem o trem, deu um lado, de outro e
No vai e no vem?

Cheguei em Tocantins, já estou perto de meu bem.
Pará é logo ali, a casa de meu bem.
Estou a ver o Ver o Peso,
Mas não vejo ninguém.
Que já vem! Que já vêm!

Francisco Gouveia

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