Dona Rosa! Cadê a rosa que lhe dei?
Até o meu dedo furei quando fui colher para lhe dar,
Quantos palavrões eu ganhei da vizinha,
Pois esta rosa era do jardim dela e, eu roubei.
Dona Rosa, cadê a rosa amarela?
Tão linda de beleza singela,
Mas só tinha ela, mesmo sendo roubada
- Com amor lhe dediquei.
Será que você jogou fora,
Quase na mesma hora em que lhe ofertei.
Meu amor é verdadeiro,
Mas foi por falta de dinheiro,
Que outro presente não lhe dei.
Quanta ingratidão, do fundo do seu coração.
Eu para lhe agradar,
Me fiz até de ladrão.
Rosa que malcriação,
Os espinhos da rosa furam o meu dedo;
Mas você Dona Rosa... Furou meu coração.
Francisco Gouveia
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