quarta-feira, 17 de junho de 2015



Eu nasci na barranca do Rio São Francisco,
O Velho Chico como era o apelido de meu avô.
Quando nasci me colocaram também o nome de Francisco,
Porque esse nome o Rio também me legou.

 Quando cresci uma carranca me beijou na boca, de ciúmes o Velho Chico assoreou,
Entrei em uma barcaça e Ele de rio acima me levou.
Desde este dia em diante meu destino ao dele, minha vida se juntou.
De navegar em suas as águas nunca mais ela parou.

Transporto o que o Velho Chico pode levar,
cargas de todos os tipos e pessoas que gostam de passear.
Também jogo a rede pesco os peixes que ainda podem se encontrar.
Namoro com a menina que a mãe deixar,
Mas fujo dos pais bravos, pois não quero me casar.

Sou amasiado com a minha barcaça e  ela não vou abandonar,
O Rio é a minha vida e tudo que nele há,
Cada cidade ribeirinha que eu aporto  é o meu doce lar,
Um pedacinho do meu coração distribuído em cada lugar,
Que as águas do Velho Chico nunca poderão levar.

                                                                               Francisco Gouveia

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