sábado, 18 de abril de 2015



A minha saudade sempre viaja de trem.
Vai até a última estação e volta,
Mas nunca trás meu bem.

Apita na curva avisando que esta chegando,
Na verdade está só rindo de mim,
Ela passa na verdade é assobiando.

Saudades das velhas casas de madeiras de Paranapiacaba.
Neblina da manhã, a garoa do fim da tarde.
Onde o tempo parou, e nada se acaba.

Saudade daquela morena que ficava na janela,
Enquanto ela esperava a Maria Fumaça passar,
Meu coração esperava por ela.

A minha saudade sempre viaja de trem.
Vai até a última estação e volta,
Mas nunca trás meu bem.

                                      Chico Gouveia  ( Recordações )

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