segunda-feira, 19 de março de 2018






Só! sozinho, eu, só!
Nos descaminhos, perdido sem dó,
O destino não teve compaixão de mim.
Sozinho! Eu só.

Vivo em mundo vazio, onde sombras passam por mim
Como se eu não existisse.
O destino nada me disse sobre a solidão.
Também nada disse sobre a tristeza no coração.

Sozinho! Eu só! Igual a vendedora de flores
com tristeza no olhar.
Em um cesto de vime trouxe tanta beleza,
E ninguém quer comprar.

Eu quanto desejo eu tenho de amar,
Quanto amor tenho para dar!
Mas não encontro ninguém, 
Que queira comigo compartilhar.


                                     Francisco Gouveia



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