terça-feira, 12 de dezembro de 2017





CABARET


São apenas 22 horas, são.
As ruas começam ficar vazias, me dão arrepio no coração.
Tudo vai em breve ficar em silêncio,
Silêncio da solidão.
Alguns carros transitam para lá e para cá,
Talvez não acreditam que o dia acabou,
O Sol já se foi e a Lua chegou em um tapete de estrelas.
Mas a vida não pode parar,

Corpos agora se aconchegam até novamente o Sol voltar.
A vida da noite, a vida da boate, a vida do catre.
A vida do amor, a vida da arte começa onde tudo termina.
Lascívia da mulher, da menina e da sedução,
Tem o seu relógio trabalhando nas batidas do coração.
São apenas 22 horas está na hora de começar a função.
Abram-se as cortinas, saúdem a vida ela é a estrela da apresentação.

                                                                 Francisco Gouveia

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