sábado, 23 de setembro de 2017



SILÊNCIO


O silêncio bate a porta como uma brisa suave.
Não abro pois não sei onde coloquei a chave.
A porta continuará fechada como minha alma,
Que não pretende ser amada.

Solidão!
Meu coração teme  desilusão.
Não quer sofrer mais ingratidão.
Amar nunca mais e já é demais.

O silêncio bate a porta como uma brisa suave.
Não abro pois não sei onde joguei a chave.
Me tranquei para o mundo e para a vida.
Todos os meus desejos e esperanças foram perdidas.


                                                          Francisco Gouveia



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