quinta-feira, 31 de julho de 2014


Um dia desses o Inverno se vai, a Primavera volta.
O Verão chega com feições de Outono.
E continuamos no mesmo lugar, parados esperando a vida passar.
Os mesmos pássaros, a mesma casa, mesmas árvores e a boa e velha
estrada que não nos leva a lugar nenhum.
Ela vai, nós é que não vamos. Estamos plantados aqui.
O medo de conhecer novos lugares, novas pessoas ou medo da cidade.
Quem sabe?
Uma coisa é certa. Aqui  estou sempre perto de mim.
Perto de você, perto de quem eu gosto. Sempre perto.
Talvez tenha me tornado uma tartaruga, carregando a casa nas costas.
E ainda nem notei. Será?

                                              Chico Gouveia

quarta-feira, 30 de julho de 2014


Quando à sombra que cobre o cais do Porto,
No fim da tarde quando o Sol já se torna morno e quase morto.
Ainda sentirei saudades do teu corpo.
Domando o leme vou singrando os mares e sangrando de paixão.
O calor que emanaste dos teus carinhos é uma fornalha
no coração deste marujo, que parte sozinho; Sem direção.

As ondas que batem no costado são sussurros  aos meu ouvidos,
os gemidos das gaivotas são poemas, beijos dos teus lábios umedecidos.
A distância só aumentam o desejo de voltar,
Como as ondas do mar, que voltam sempre para abraçar, a doce e fina areia da praia.

                                                             Chico Gouveia

terça-feira, 29 de julho de 2014


Eu não sei se é o seio ou receio de te tocar mulher,
Não quero ser uma ave em uma gaiola.
Seu te tocar, teus lábios beijar vou ficar cativo, inativo. 
Tu vais me prender do jeito que quiser, oh mulher!
Temo dizer: Mas é o que meu coração quer.
Ficar preso aos teus carinhos, não me sentir mais sozinho.
Estou ficando propenso a ti...Seja o que Deus quiser.
Mulher!  

domingo, 27 de julho de 2014


Brilha! Como Brilha a luz do teu olhar.
É uma estrela a nos iluminar.
O sonho, que sonhas, Será terrível  ou medonho?
Mas não pare de sonhar.
Quem sonha com a felicidade, um dia com ela pode se encontrar.
Eu sonho com teus cabelos negros, com todos os chamegos que podes me dar.
Sonho com tua boca, com a vontade louca;
De te beijar.

                                                   Chico Gouveia

sexta-feira, 25 de julho de 2014


"Mesa de Bilhar"

A tua sensualidade foi que me fez.
Ficar fregues das tuas malvadezas praticadas na mesa de bilhar.
O desejo das caçapadas, as bolas cantadas e contadas.
A bola Oito não posso matar.
Entre um abraço e um beijo, o taco vai mas as bolas tem que ficar.
É na caçapa do meio que eu gosto de jogar.
Se der bico, eu me explico tenho direito de novamente jogar.
Vem passar giz no meu taco...esse buraco não posso errar.

                               Chico Gouveia

quinta-feira, 24 de julho de 2014


Eu não queria! Ela também não...
Tínhamos as mesmas feridas dentro de nossos corações.
Marcas da vida, decepções de amor e ingratidão.
Sonhos perdidos.
Talvez sonhos que se tornaram ilusão; O tempo o o fez.
Teimamos!
Resolvemos compartilhar nossas vidas, apesar das feridas.
Vidas que pareciam mortas, perdidas.
Mas... ressuscitamos para o amor outra vez.
Eu não queria! Ela também não.

                                         Chico Gouveia

quarta-feira, 23 de julho de 2014


A beleza é sempre assim: a coincidência entre a eternidade e a despedida.
Aquilo que o amor deseja que exista eternamente
lhe escapa por entre os dedos, é água, e ele só
fica com o vazio.

                                               Rubem Alves







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