quinta-feira, 14 de junho de 2018



BARREIRO

Foi um clarão no céu e raios para todos os lados.
E eu aqui na terra todo desconsolado.
A tempestade de fogo queimou todo capim, 
Para minha plantação de arroz foi o fim.

Oh! Meu Deus tanto lugar para os raios se despejar,
Caiu justamente no meu lugar,
Acabou com o meu sustento, como vou me alimentar.
Agora à espera de um milagre, a fome não costuma esperar.

A chuva demora a chegar, mas quando chega...
Molha o chão, enche a cacimba, transborda o açude,
Fica igual a grude o barro e a lama, 
Tira até a gente da cama e muda a cidade de lugar.
Adeus Barreiro, mesmo sem dinheiro vou me aventurar.


                                             Francisco Gouveia

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