BARREIRO
Foi um clarão no céu e raios para todos os lados.
E eu aqui na terra todo desconsolado.
A tempestade de fogo queimou todo capim,
Para minha plantação de arroz foi o fim.
Oh! Meu Deus tanto lugar para os raios se despejar,
Caiu justamente no meu lugar,
Acabou com o meu sustento, como vou me alimentar.
Agora à espera de um milagre, a fome não costuma esperar.
A chuva demora a chegar, mas quando chega...
Molha o chão, enche a cacimba, transborda o açude,
Fica igual a grude o barro e a lama,
Tira até a gente da cama e muda a cidade de lugar.
Adeus Barreiro, mesmo sem dinheiro vou me aventurar.
Francisco Gouveia
Nenhum comentário:
Postar um comentário