UM PEQUENO INSETO, GRANDES FILAS.
Contraindicações
para a vacina contra Febre Amarela
Com o recente
surto de Febre Amarela se espalhando pelo Brasil, muitas pessoas
estão com dúvidas em relação às contraindicações da vacina. Afinal, quem pode
ser imunizado? Separamos aqui tudo que você precisa saber para informar seu
paciente.
Segundo as recomendações
do Ministério da Saúde, são contraindicações para realização da vacina
contra Febre Amarela:
·
·
Crianças menores de 6 meses.
·
Pacientes com imunodepressão de qualquer natureza.
·
Pacientes HIV+ com imunossupressão grave, com a contagem de células CD4
<200 células/mm3 ou menor de 15% do total de linfócitos para crianças
menores de 6 anos.
·
Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides,
quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores).
·
Pacientes submetidos a transplante de órgãos.
·
Pacientes com imunodeficiência primária.
·
Pacientes com neoplasia.
·
Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia
gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica).
·
Indivíduos com história de reação
anafilática relacionada às substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e
seus derivados, gelatina bovina ou outras).
Precauções
gerais quanto à vacinação contra febre amarela:
– Nos casos de doenças agudas febris, moderadas ou graves, recomenda-se
adiar a vacinação até a resolução do quadro para que as manifestações da doença
não sejam atribuídas à vacina.
– Nutrizes ou lactantes: deverão ser vacinadas aquelas que residem em locais próximos onde ocorreu a confirmação de circulação do vírus (epizootias, casos humanos e vetores). Deve- se apresentar à mãe opções para evitar o risco de transmissão do vírus vacinal pelo aleitamento materno, tais como:
– Nutrizes ou lactantes: deverão ser vacinadas aquelas que residem em locais próximos onde ocorreu a confirmação de circulação do vírus (epizootias, casos humanos e vetores). Deve- se apresentar à mãe opções para evitar o risco de transmissão do vírus vacinal pelo aleitamento materno, tais como:
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Previamente à vacinação, praticar a ordenha do leite e manter
congelado por 28 dias, em freezer ou congelador, para planejamento de uso
durante o período da viremia, ou seja, por 28 dias ou, pelo menos por 15 dias
após a vacinação.
Caso a ordenha não seja possível, encaminhar a mãe à rede de banco de
leite humano. Nas demais, a vacinação deve ser evitada, ou postergada até a
criança completar 6 meses de idade.
– Indivíduos com lúpus eritematoso sistêmico ou com outras doenças de etiologia potencialmente autoimune: devem ser avaliados caso a caso, tendo em vista a possibilidade de imunossupressão.
– Pacientes transplantados de células tronco hematopoiéticas (medula óssea) também devem ser avaliados caso a caso, considerando o risco epidemiológico. Caso se decida pela vacinação, deve ser respeitado o prazo mínimo de 24 meses após o transplante.
– Indivíduos com lúpus eritematoso sistêmico ou com outras doenças de etiologia potencialmente autoimune: devem ser avaliados caso a caso, tendo em vista a possibilidade de imunossupressão.
– Pacientes transplantados de células tronco hematopoiéticas (medula óssea) também devem ser avaliados caso a caso, considerando o risco epidemiológico. Caso se decida pela vacinação, deve ser respeitado o prazo mínimo de 24 meses após o transplante.
Referências:
·
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de vigilância em saúde [recurso
eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: <https://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/agosto/25/GVS-online.pdf>
·
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de normas e procedimentos para
vacinação. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
·
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de vigilância epidemiológica para
eventos adversos pós-vacinação. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
·
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de vigilância em Saúde.
Departamento de Vigilância em Saúde. Orientações para profissionais de saúde
sobre febre amarela silvestre. Nota informativa nº 02/2017. Informa a situação
epidemiológica da Febre Amarela e as recomendações para intensificação da
vigilância no Brasil. Ministério da Saúde, 2017.
·
MONATH, T. P. Yellow fever. Waltham (MA): UpToDate, 2017. Disponível em:
<https://www.uptodate.com/contents/yellow-fever>
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