Morador
de Rua.
Os
dias passam como os raios no céu nas
noites de tempestades.
As
nuvens trocam de lugar, sem ninguém notar.
Os
pássaros ainda voam para sul, mesmo se não houver mais nada lá.
É
inverno com certeza mais neblina terá.
Noites
claras e frias minha cama na calçada, um papelão.
Uma
embalagem vazia de cobertor que aquece alguém.
E esse alguém eu não sou.
Como
às vezes a vida é cruel. Muitos sem amor ainda oram
Pedindo
a Deus para ir para o céu.
Enquanto
aqui na calçada estamos sem nada, sem proteção.
Sem
oração e com discriminação.
Muitos
adotam cachorros como filhos, e vivem na segurança de um lar.
Levando
a vida de cão abandonados a penar.
Francisco Gouveia
Nenhum comentário:
Postar um comentário