Por acaso você
conhece os mistérios de Deus? È capaz de compreender o Todo Poderoso na sua
pureza e perfeição?...Deus é maior do que a Terra e mais vasto que o mar. Jó 11: 7, 8 e 9.
Como supremo Soberano
Criador do Universo, Deus ordenou leis para o governo não só de todos os seres vivos, mas de todas as operações da
natureza. Todas as coisas, quer grandes
quer pequenas, animadas ou inanimadas, acham-se
sujeitas a leis fixas, que não podem ser desrespeitadas. Deus criou a
perfeição e não o caos.
Não há exceções
a essa regra; pois coisa alguma feita pela mão divina, foi esquecida pela mente divina. Mas se bem que
tudo na natureza seja governado pela lei
natural, apenas o ser humano, como ser inteligente,
capaz de compreender suas reivindicações, e responsável a lei moral.
Ao ser humano
unicamente, a coroa de Sua criação, deu Deus
uma consciência, para reconhecer as sagradas reivindicações da lei divina, e deu-lhe um coração capaz de
ama-la como santa, justa e boa que e; e
do ser humano e requerida pronta e perfeita
obediência. Mas Deus não o obriga a obedecer; deixa-o como livre agente
moral.
Poucos, apenas,
compreendem o assunto da responsabilidade pessoal do ser humano; e, no entanto
e questão de maior importância.
Podemos cada qual,
obedecer e viver, ou podemos transgredir a lei
de Deus, desafiar-Lhe a autoridade, e receber a punição devida. Vem, pois,
a toda pessoa, com força, a questão: Deverei obedecer a voz
do céu, aos dez
mandamentos proferidos do Sinai, ou seguirei a multidão que despreza essa lei
eterna?
Aos que amam a Deus será o mais alto deleite obedecer a Seus
mandamentos, e fazer as coisas que Lhe
agradam. Mas o coração natural aborrece a lei de Deus, e guerreia contra suas santas reivindicações.
As pessoas cerram o coração a luz
divina, recusando-se a andar nela, ao brilhar sobre elas. Sacrificam a pureza de coração, o favor de
Deus e sua esperança do céu, pela egoísta
satisfação do ganho profano.
Diz o salmista: “A lei
do Senhor e perfeita”. Salmos 19:7.
Quão maravilhosa em sua simplicidade, sua amplidão
e perfeição, e a lei de Jeová! E tão breve que facilmente podemos decorar cada um de seus preceitos, mas tão vasta que
exprime toda a vontade de Deus, e toma
conhecimento, não só das ações exteriores, mas
dos ensinamentos e intenções, dos desejos e emoções do coração.
Não podem fazer isso as
leis humanas. Só podem tratar das ações exteriores.
Pode alguém ser
transgressor e, no entanto esconder dos olhos humanos os seus maus atos; pode
ele ser criminoso, ladrão assassino ou adúltero, mas enquanto não for
descoberto, não o pode a lei condenar
como culpado.
A lei de Deus denuncia
o ciúme, a inveja, o ódio, a
malignidade, a vingança, a concupiscência e a ambição que brotam no coração,
mas não encontraram expressão em ato
exterior, porque faltou ocasião, e não vontade. E essas emoções pecaminosas serão tomadas em conta no dia em
que “Deus há de trazer a juízo todas as
obras, ate as que estão escondidas, quer sejam
boas, quer sejam mas”. Eclesiastes
2: 14.
Obediência traz
felicidade — A lei de Deus e
simples e fácil de se compreender. Ha
pessoas que se gabam orgulhosamente de só crer naquilo que compreendem
esquecidos de que ha mistérios na vida humana e na manifestação do poder de
Deus nas obras da natureza mistérios que
a mais profunda filosofia, as mais extensas
pesquisas, são incapazes de explicar. Mas não existe mistério na lei de
Deus.
Todos podem compreender
as grandes verdades que ela encerra. A
mente mais fraca pode aprender essas regras; o mais ignorante pode reger a vida, e formar o caráter,
de acordo com a norma divina. Se os
filhos dos homens, segundo o melhor de sua
habilidade, obedecessem a essa lei, adquiririam forca mental e poder de discernimento para compreender ainda mais
dos propósitos e planos de Deus. E esse
progresso seria continuo, não apenas durante
a vida presente, mas através dos séculos eternos; pois, por muito que avancemos no conhecimento da sabedoria e
poder de Deus, sempre há um infinito
alem.
A lei divina requer que
amemos a Deus supremamente e ao nosso próximo
como a nos mesmos. Sem o exercício desse amor, a mais alta profissão de Fe e
mera hipocrisia. E necessária a obediência a lei, não só para nossa salvação,
mas para a felicidade nossa e de todos
aqueles com quem nos relacionamos.
“Muita paz tem os que
amam a Tua lei, e para eles não há tropeço”
(Salmos 119:165), diz a Palavra inspirada. Todavia homens finitos apresentam ao povo essa lei santa,
justa e boa, essa lei da liberdade, que o próprio Criador adaptou as
necessidades humanas, como um jugo de servidão,
jugo que pessoa alguma e capaz de suportar.
E, porem, o pecador que
considera a lei como jugo penoso;
e o transgressor que não
vê beleza em seus preceitos. Pois a mente carnal “não e sujeita a lei de Deus,
nem, em verdade, o pode ser”.
Romanos 8: 7
Muito além dos “nãos” Vivemos numa época de grande impiedade. Multidões se acham escravizadas
por costumes pecaminosos
e hábitos maus, e os grilhões
que as prendem são difíceis de romper. A iniquidade, qual inundação, cobre a
Terra. Crimes quase terríveis demais
para serem mencionados, são de ocorrência diária. E até aqueles que professam serem
vigias nos muros de Sião nos ensinam que a lei se destinava aos judeus tão
somente, e tornou-se ultrapassada com os gloriosos privilégios que introduziram
a dispensação evangélica.
Não haverá uma relação
entre a dominante ilegalidade e crime, e
o fato de que pastores e povo mantém e ensinam que a lei já não esta em vigência?
O poder de condenação
da lei de Deus estende-se não só as coisas que praticamos, mas as coisas que
deixamos de praticar. Não nos devemos
justificar ao omitirmos a pratica das coisas que Deus requer. Devemos não só cessar de fazer o
mal, mas também aprender a fazer o bem.
Concedeu-nos Deus faculdades que devem ser
exercitadas em boas obras; e se essas faculdades não forem postas em uso, abertamente seremos considerados
servos maus e negligentes.
Podemos não ter
cometido pecados graves; essas ofensas podem não estar registradas contra nos
no livro de Deus; mas o fato de que
nossos atos não estão registrados como puros, bons, elevados e nobres, demonstrando que não usamos os
talentos que nos foram confiados, isso nos coloca sob condenação.
A lei de Deus já existia antes de ter sido criado o ser humano.
Adaptava- se as condições
de seres santos; mesmo os anjos eram por ela governados. Depois da queda, não
foram alterados os princípios de justiça. Coisa alguma foi tirada da lei; nem
um único de seus santos preceitos era susceptível de ser aperfeiçoado. E como
existiu desde o principio, assim
continuara a existir através dos séculos eternos.
“Acerca dos Teus
testemunhos”, diz o salmista, “soube, desde a antiguidade, que Tu os fundaste
para sempre”. Salmos 119:152.
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