quinta-feira, 27 de outubro de 2016





CONSCIÊNCIA


Me atiram pedras, ferem a minha carne nua.
Expõe o meu corpo, sou violentada na rua.
Ferem o meu rosto. Machucam meu coração.
Me causam desgosto, pela humilhação.

Me levam de praça em praça,
Mostra-me ao povo como motivo de graça.
Sou comédia hilária distração,
Todos riem da minha desgraça.

Me perseguem diuturnamente a curta distância.
Porque sou a voz da consciência.
E não sou propriedade, não tenho dono.
Aqueles que querem me ignorar,
Não tem noite de sono. 

                           Francisco Gouveia

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