quarta-feira, 9 de dezembro de 2015


MEU AMARGO RIO DOCE



Meu rio de águas cristalinas, alegria de pescadores e do banho de menino e meninas.
O rio de água doce foi Jesus que trouxe para o batismo da natureza,
Cercado de beleza às vezes confundido com o Rio Jordão,
Porque também em suas águas  corriam o milagre da criação e da multiplicação.
Porque aqui os ribeirinhos eram beijados pela fartura,
E a vida que parecia ser dura era apenas uma benção.

Mas um dia vieram os gananciosos em busca da riqueza,
Acabaram com o esplendor da natureza,
Com tratores e retro-escavadeira acabaram com toda beleza.
E o rio por Deus abençoado sucumbi-o pela poluição,
Dos rejeitos dos homens nada sérios,
no lixo da riqueza dos minérios.

Não sobrou nada, apenas água amarelada,
Contaminada pela ganância, que levou vidas a destruição e morte.
Nem aos sobreviventes restou um pouco de sorte.
A água não serve mais, nem para peixe, animais ou plantas.
Não sobrou nem para beber, rio parece que esta a morrer.
A dignidade do homem morre ao ver toda sua riqueza,
descer pela correnteza, agora sem valor.


                                                                         Francisco Gouveia 

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