Havia uma moça que passava defronte a minha casa.
Eu a via, do outro lado da rua.
Ela tinha um defeito na perna que a fazia mancar.
O seu rosto tinha uma suavidade, uma beleza que me encantava.
E eu ficava com vontade de atravessar a rua e dizer-lhe:
Eu acho você muito bonita!".
E voltar correndo para dentro de casa. Nunca tive coragem.
Tive medo de que ela me considerasse um velho desrespeitoso,
dando-lhe uma cantada.
E eu fico a me perguntar: Por que é tão difícil dizer aos outros o quanto gostamos deles.
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